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Por Carla Carvalho
Publicado 25 de agosto de 2023
Embora o dólar tenha andado de lado nas últimas duas semanas, a volatilidade foi grande no período. O dólar comercial atingiu cotações máximas desde o fim do primeiro semestre, chegando próximo de R$ 5 pela primeira vez desde 1º de junho em 16/08, quando ao pico de R$ 4,98 no mês.
O recuo dos dias seguintes à máxima ainda manteve as cotações acima de R$ 4,85. Na manhã desta sexta-feira (25), o dólar abriu cotado a R$ 4,87, queda de 0,11% em relação ao dia anterior. No mês, a moeda registra alta acumulada de 3,19%.
A seguir, confira os principais eventos que mexeram com o dólar no período:
Dias antes da máxima de R$ 4,98 alcançada pelo dólar no dia 16/08, commodities como minério de ferro, petróleo e algumas agrícolas,
como café e açúcar em Londres, registraram quedas significativas, o que se traduz em uma menor entrada de dólares no Brasil.
Além disso, o mercado também estava atento à crise imobiliária na China, que impacta diretamente as exportações de ferro e aço brasileiras. A expectativa de menor fluxo de investimentos em ações de companhias exportadoras de commodities também ajudou a impulsionar o dólar.
Na quarta-feira (23), o dólar fechou cotado a R$ 4,85 contra R$ 4,93 no dia anterior. A queda de 1,65% no dia foi a maior registrada em agosto até então, impactada em boa parte pela aprovação do arcabouço fiscal por parte da Câmara dos Deputados na noite anterior.
Do texto original, foi excluído o dispositivo que modificava o cálculo da inflação e abriria espaço de até R$ 40 bilhões no orçamento de 2024. Para alguns analistas, essa exclusão foi positiva e pressionou o dólar no pregão do dia 23.
A proposta, enviada à sanção do Presidente da República, manteve a alteração que excluiu do montante das despesas o Fundeb e o Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Na semana de 14 a 18 de agosto, o número de pedidos de seguro-desemprego caiu para 230 mil, abaixo dos 240 mil esperados por economistas. O aquecimento do mercado de trabalho fortalece o poder aquisitivo da população, o que pode exercer mais pressão sobre a inflação americana. Em entrevista à Bloomberg nesta sexta (25), o presidente do Fed na Filadélfia, Patrick Harker, não descartou novas altas nos juros, apesar de considerar o atual patamar já bastante restritivo.
Em sua fala na manhã desta sexta no evento, o presidente do Fed, Jerome Powell, manteve o tom duro quando aos juros ao reiterar a meta de reduzir a 2% a inflação americana. Nesse sentido, deixou as portas abertas para uma nova alta de juros, se necessário, o que também fortaleceu o dólar neste pregão.
Thais Neves
Gerente de Novas Contas
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