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Selic e juros nos EUA impulsionaram o dólar nas últimas semanas

Publicado 11/08/2023 - Por Carla Carvalho


Nas últimas duas semanas, o dólar subiu 3,4%, cotado a R$ 4,8870 na abertura do mercado desta quinta-feira (10). Já a alta do euro no período foi de 2,44%, cotado hoje a R$ 5,3680.


O corte de 0,5 ponto percentual na Selic, acima do esperado pelo mercado de câmbio (as projeções apontavam para 0,25 p.p.), contribuiu para a alta do dólar desde a última reunião do Copom, pois diminuiu o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. Se, por aqui, os indicadores macroeconômicos apontam para a continuidade da queda dos juros, a expectativa nos EUA ainda é incerta.


Embora a inflação americana tenha ficado dentro do projetado pelo mercado (alta de 0,2% em julho em relação a junho e de 3,2% frente ao mesmo período do ano passado), o Federal Reserve (Fed), não descarta novos aumentos nos juros, até que seja trazida para a meta. Foi o que disse recentemente Michelle Bowman, membro da autoridade monetária, ao se referir aos progressos alcançados no controle da inflação desde que a escalada de juros começou no país.


“Fizemos progresso na redução da inflação ao longo de 2022, mas ela ainda está significativamente acima da meta de 2%, e o mercado de trabalho continua aquecido, com vagas ainda excedendo em muito o número de trabalhadores disponíveis”, declarou Bowman em evento no dia 7 de agosto.

Na ocasião, ela explicou que, mesmo com o aumento do custo do crédito promovido pelos bancos, os empréstimos para famílias e empresas. continuaram a se expandir, por conta do crescimento moderado da atividade econômica no país. Por isso, julga necessário continuar observando dados macroeconômicos para avaliar se, de fato, a inflação está em direção a um caminho consistente de queda.


Outro fator que influencia diretamente a alta do dólar é o desempenho da China, que registrou em julho a primeira deflação desde 2021, na ordem de 0,3%, o que sinaliza uma desaceleração econômica. A lenta recuperação econômica do gigante, principal parceiro comercial do Brasil afeta em cheio nosso mercado de capitais, o que contribui para a valorização do dólar frente ao real.


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